Retrospectiva

Onze anos atrás, uma danceteria, hormônios à flor da pele, curiosidade e música tocando alto. Uma namorada!

[PARECE QUE FOI ONTEM] Há três anos, exatamente, eu estava na faculdade, lá em São Bernardo do Campo, entre uma aula e outra, quando sentei no computador e escrevi isso. Como é que eu posso não me esquecer nunca dessa data?!

Gabo, de novo

Confesso: já li outro Gabo. Está virando vício! Dessa vez, em português, Crônica de uma morte anunciada, que adorei. Não tinha lido e amei. Desde o comecinho do livro, desde a primeira linha, sabemos que o sujeito vai morrer. E essa é a graça da história, que vem e vai. Vale a pena ler. Agora, parto para o terceiro Gabo do verão: Notícia de um seqüestro. Conto depois.

[VENTO NA CARA] E entre uma página e outra do livro do Gabriel García Márquez, voltas de moto pela Cidade Santa. Tem foto no flog, aqui, tirada no fim de semana.

Mabruk!

Quatro e meia da tarde da quarta-feira do teste de direção de moto: hora de ligar para a auto-escola para saber se passei. Um toque, dois. No terceiro, o professor atende. Digo quem sou. Ele responde apenas "mabruk", parabéns!

Sou o mais novo motoqueiro habilitado de Israel. E hoje, ainda hoje, antes do ano novo judaico começar, vou estar passeando pelas ruas apertadas de Jerusalém com a minha motoca!

Mabruk!

Internet de volta!

E na emoção por ter, de novo, internet em casa, vou certamente esquecer o messenger ligado, sem nem dizer que não estou online, e músicas tocando no iTunes, com o laptop no mute. Estou de volta ao mundo virtual. Sem intervalos comerciais...

Do orvalho e do frescor de manhãs especiais

Quando somos náufragos, gotas de orvalho, especialmente gotas doces de orvalho, servem para saciar a nossa sede. Quando nem náufragos somos, também. E a temperatura nem precisa baixar bruscamente para que o orvalho tenha sentido. Manhãs quentes como essas do verão em Jerusalém também são ótimas quando gotas respingam distraídas.

[BTW] Uma foto, aqui.

[NOME AOS BOIS] Acabei de reler, agora em espanhol, Relato de un náufrago, do Gabriel García Márquez. O nome do livro é, na realidade, Relato de un náufrago que estuvo diez dias a la deriva en una balsa sin comer ni beber, que fue proclamado héroe de la patria, besado por las reinas de la belleza y hecho rico por la publicidad, y luego aborrecido por el gobierno y olvidado para siempre.

Blind date

Já passou pelo nervosismo de um encontro às cegas? Passei hoje... Marquei o horário e cheguei cedo, mais cedo que o marcado, para ser o primeiro a chegar, para não precisar entrar no lugar com a cara de "qual dessas pessoas será a que eu estou procurando?"

Cheguei cedo, então, escolhi uma mesa, uma posição para sentar, mudei de posição várias vezes, imaginando de que lado da mesa ela se sentaria quando chegasse. E esperei, esperei. Olhei cada pessoa que passava pela porta. E a cada uma imaginei que poderia ser ela. Tentei combinar a voz que tinha ouvido ao telefone com os rostos que ia vendo.

De repente alguém entrou e passeou o olhar pelo local. O olhar dela cruzou com o meu e a boca rascunhou o meu nome, baixinho. Respondi apenas com um balançar vertical da cabeça e um sorriso trêmulo. Ela veio em minha direção, se sentou na cadeira que eu não previra.

Constrangimento. Ela ofereceu um café, eu disse que não, obrigado, que já tinha tomado enquanto esperava... Papo vai, papo vem. No final de uma hora tinha acertado os detalhes com a minha primeira aluna particular de português em Israel!

Pipas

- E saí correndo...

[OLHAR] Bastante a propósito, a foto do meu irmão no colo do meu pai.