Argentina jogando
Vamos, vamos, Alemania!!!
Blog é o ato ou efeito de expressar, na internet, opiniões, idéias... A definição é minha e também é meu o conteúdo dessas páginas negras - que são negras em oposição às páginas brancas do meu blog, no qual escrevo apenas sobre Israel. E são negras como as páginas de uma revista que trazem algo exclusivo.
O problema, como disse uma amiga hoje, foi ter ido ao banheiro. Ano passado, quando eu trabalhava como jornalista, fui injustamente acusado de roubo pelo meu chefe só porque fui ao andar de cima para usar o banheiro. A acusação não se sustentava, claro, e isso foi provado pelas câmeras de vídeo espalhadas pelo prédio - no qual estão instaladas grandes empresas de comunicação, como CNN, Fox etc. Mas custou a eles a minha renúncia.
Já teve aquela sensação de estar preso, como o Truman, no filme? Bom, estou tendo essa sensação agora! Todos os dias, há semanas, tenho ido na agência de viagens tentar achar uma passagem para o Brasil, porque preciso estar lá em uma data determinada. A resposta é sempre a mesma: não há lugares. Parece aquela cena em que o Truman vai comprar uma passagem e a atendente lhe diz que não tem, que é perigoso voar etc etc etc. Assim me sinto todos os dias diante do "meu" agente de viagens, um argentino/ brasileiro que sempre quebra o galho. Diz ele que vai acabar arrumando uma passagem. Vamos ver se sai mesmo!
Pensei que elas eram como as bonecas russas: passamos todo o tempo jogando esse jogo, curiosos por saber quem será a última, a mais pequenina, que está escondida desde o início dentro das outras. Temos que abrir uma a uma e a cada vez vamos pensar "É esta a última".
Um dia você acorda e percebe que te roubaram a memória. Não pode lembrar daqueles detalhes, daquelas cores, daqueles momentos, daqueles sorrisos, dos exageros, de nada. E aí, você percebe que também a identidade te roubaram. Você, aos olhos dos outros, passa a ser um sem-nome, nem um número você é, mais. Roubaram suas chaves e até seu direito de ir e vir... E aí você percebe que roubaram aquelas coisas caras a você, não caras pelo valor que pagou por elas, mas pelo valor caro que você tinha dado a elas: a foto na carteira, aquele bilhete velho e amassado.Como não tenho a memória perfeita de Irineu Funes, sei apenas que estava no México a trabalho, cobrindo a Copa do Mundo que seria vencida de forma acachapante pela Argentina de Maradona, quando recebi a notícia da morte de Jorge Luis Borges.
Talvez eu tenha lido o livro errado de Borges, tanto que nem mesmo me lembro do título. O livro ficou no Brasil, com outros muitos, encaixotados no fundo de um armário da casa da minha mãe. Mas lembro que fui ler Borges depois de já ter me apaixonado pelos livros do Gabo. Então, quando li o não-memorioso Sérgio Rodrigues hoje, fiquei com vontade de ler Ficções, que deve ser o livro certo do Borges.
"Escrever não é necessariamente algo de que se deva sentir vergonha, mas faça-o com privacidade e lave as mãos depois" (Robert Heinlein)
Acho que não precisava de mais nada. Mesmo que fosse num sonho preto-e-branco, só. Mesmo que fosse só um sonho.Aí a gente ficou um tempão se
olhando e sorrindo um pro outro.